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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

>ZEZINHO & MARIÍNHA X SOBRENATURAL<




CAÇANDO FANTASMAS

( Maria Barros e José Araújo)






Muitas vezes a gente tem a sensação de coisas inexplicáveis e isso acontece toda vez que passamos em frente à velha quadra do colégio. Numerosas histórias já haviam rolado em torno daquele local. Uma série de coisas acontecem sem explicações, o fundo da piscina antiga, havia afundado sem motivos aparente. Vez por outra alguém some e só reaparecem dias depois, não se sabe o que acontece, pois voltam sem a menor lembrança do que ocorreu. E também, o que é escondido dentro daquela casinha, cuja porta é trancada com um enorme cadeado e bem em frente à mesma, uma velha árvore tinha seu tronco enlaçado por grossas correntes presas também por um cadeado monumental e bastante pesado. A casinha, em uma de suas laterais, tem aquele enorme buraco na parede tampado com sacos pesados de entulhos, impossibilitando assim a entrada na mesma, embora tenham sido quase todos removidos por ocasião do seqüestro do Senhor Manuel e um dos alunos do colégio, o que aguça ainda mais a curiosidade.

É um mistério e o pior é que sempre que perguntamos a alguém sobre aquele local, todos desconversam, fazem mistério, é uma tapeação só, algo está errado. Por que tanto segredo? Algumas vezes até que foi tentado a desvendar o mistério, mas por uma razão ou outra foi ficando para depois e a cada vez a curiosidade vai aumentando que mesmo de longe quando se via a velha casa, o pensamento voava viajando nos mais espantosos casos.

O mais incrível era que, quando Dr. Justos raptou Senhor Manuel e o garoto e usou a casinha como cativeiro e que Zezinho e Mariínha os descobriram e a polícia mais tarde teve acesso ao lugar, parecia ser só um lugar comum, pronto para obras normais e sendo assim, jamais chamaria a atenção dos investigadores da lei. Mas, Zezinho e Mariínha afirmavam que, ao entrarem na casa aquele dia, tipos de emoções diversas eles sentiram. Tudo bem, que eles estavam envolvidos com Dr. Justos que é mestre em provocar essas ilusões para confundir suas vítimas e não seria possível que depois de tudo, ele continuasse ali, naquela casa. A verdade era a evidência de um grande segredo ali existente e que estava passando da hora de ser investigado segundo Zezinho relatou para sua amiga de aventuras:

- Mariínha, não é possível que continuemos com essas terríveis dúvidas, afinal, temos direito de saber se corremos perigo de estarmos tão próximos desse local.

Zezinho com a pouca idade, mas com a experiência de vida, sabe que deve desconfiar de tudo que é aparentemente normal e fácil. E continuou falando num tom meio preocupado e pensativo:

- Houve um seqüestro e esse lugar foi usado como cativeiro e depois que tudo foi resolvido, não se falou mais no assunto, nada foi mexido, nunca mais vimos ninguém que pudesse pelo menos fazer uma ronda para ver se havia alguém ali, você reparou?

Mariínha que já estava perdida nas lembranças da última aventura, com os olhos parados no passado falou quase que mecanicamente ao amigo:

- Verdade Zezinho, poderíamos fazer uma pesquisa para ver se achamos alguma evidência vinda de um passado remoto ocorrido naquele local. Parece até coisa de filme de terror, nunca vi nada igual no real!

Um arrepio percorreu os corpos deles que se olharam e abraçaram seus próprios corpos, passando as mãos nos braços de cima para baixo várias vezes, como se tivessem tentando aquecer de um suposto frio.

Os dois amigos continuaram indo pela calçada em direção à casa de Zezinho que sendo fera em informática, saberia aonde procurar no computador tudo que eles precisavam.

Vixe! Falou a mãe de Zezinho já com ar preocupada no rosto:

- Vocês dois com essas caras é sinal que estão armando alguma!

Os dois riram, porque seus pais sempre preocupados que se dêem mal em alguma dessas aventuras que eles tanto se envolvem. Mas o que eles não sabem é que seus filhos quando juntos, são invencíveis!

- Zezinho, vamos começar a pesquisa usando uma linha de tempo datando 50, 100 ou 150 anos atrás.

Zezinho se orgulhava de ser assim tão esperto em informática, era o único menino de toda redondeza que sabia tudo daquela maquininha. Ele sacava tanto de informática que já estava superando seu próprio professor, que resistia em aprender, mesmo com as dicas que lhe dava.

- Mariínha, olha isso aqui! Falou Zezinho surpreso.

- Pode ter certeza que vamos encontrar coisas bastante interessantes por aqui. Continuou ele falando com ares de superioridade de quem sabe o que faz e o que fala.

- Nossa! Exclamou Mariínha ao ler um artigo datado de quase um século.

- Agora mesmo que não paro a investigação, estou morrendo de curiosidade. Zezinho riu da amiga aflita de tão curiosa! A manchete relatava a compra do terreno pela família de Dr. João, a fim de erguer no local, o colégio mais lindo de toda redondeza e que o membro da família que fazia as negociações, chegou a rir quando lhe perguntaram se ele não ficava com receio de comprar aquele terreno que ninguém dali queria nem de graça. Então os dois resolveram voltar para uma época mais antiga ainda. O que eles queriam era saber o que havia acontecido ali. Zezinho recomeçou a fazer a pesquisa e datou 200 anos atrás. A página abriu devagar, era um site simples, com um plano de fundo parecido com um pergaminho envelhecido, ali só havia publicações de acontecimentos históricos de outros séculos. A formatação da página era perfeita, eles sentiam como se tivessem voltado no tempo.

Nesse momento a mãe de Zezinho entra no quarto trazendo uma bandeja cheia de gostosuras: achocolatados, biscoitos que ela mesma fez, suco de graviola e umas barrinhas de cocadas deliciosas e outras barrinhas de chocolates não menos maravilhosas.

- Mariínha, falou a mãe de Zezinho,

- Trouxe esse lanche mais para você que para Zezinho, esse menino como sempre, enjoado pra se alimentar, por isso tão magro sempre. Mas, obrigue-o a comer assim mesmo!

Falou ela em tom mais severo, porém com sua docilidade evidente e contínua.

Os dois recomeçaram a pesquisa logo após terem lanchado e iam salvando tudo que achavam importante, até que Zezinho clicou em um link com nome "LAMENTOS" e a página foi abrindo de modo que deixasse o leitor com sentimento de medo do sinistro e foi assim mesmo que os dois estavam a esta altura. Mas de todas as páginas, essa era a única que afirmava o que eles procuravam ali. "Na época, existia uma grande fazenda de plantação de café e o seu dono era um dos mais poderosos Coronéis de toda região e também o que mais escravos possuía. Era um tirano e qualquer escravo que se rebelasse, pois os maus tratos eram freqüentes, ele mandava chicotear, torturar de todas as formas, de u'a maneira que assim nunca se via em nenhum outro local das redondezas. Até os feitores incumbidos de tais ações queriam maneirar, mas era impossível, pois o malvado coronel estava sempre por perto e acompanhava todo o castigo com um sorriso sinistro nos lábios e quando os coitados estavam que só lama, a ordem de matar era dada. Os corpos eram jogados em covas feitas numa parte longe da Casa Grande. Esse Coronel era tão ruim, que muitas vezes, mandava enterrar o escravo ainda vivo. Quanto mais escravos ele perdia, mais ele adquiria outros, e assim, aquele lugar virou o maior cemitério de escravos de todo o estado." Zezinho e Mariínha quase caem de suas cadeiras ao lerem algo mais adiante: "Homem estranho, seus olhos tinham algo que fazia estremecer a quem os olhassem, sua maldade não tinha limites, sua vontade era lei... Coisas estranhas aconteciam naquela fazenda e arredores e nunca conseguiram provar nada contra ele, porque as provas sumiam como fumaça no ar e não se tem registro de sua morte..."

Os dois amigos estavam estáticos e assim permaneceram por pelo menos uns cinco minutos, perdidos em seus próprios pensamentos e quando voltaram dessa projeção, olharam um para o outro e com seus pensamentos sintonizados falaram em vozes altas e roucas:

- Dr. Justos!

Suas pernas tremiam, seus rostos começaram a perderem a cor, seus olhos parados pareciam também nada verem, os corpos formigavam ao mesmo tempo que lhes brotavam um suor pegajoso, estavam eles, perdendo os sentidos.

A porta do quarto foi aberta e só se ouviu um grito de socorro. Era a mãe de Zezinho que viera pegar a bandeja e encontrou os dois caídos no chão sem sentidos.

- Crianças, provavelmente vocês passaram por uma terrível experiência para terem chegado à isso. Vocês precisam saber que limites existem e acho que estão ultrapassando todos eles diante dessa máquina. Falou severamente o Médico que havia sido chamado às pressas e em seguida, deu ordens ao pais dos dois amigos, que tudo escutavam com semblantes de grandes preocupações.

-Olhem, não sei o que ouve e eles não querem falar, mas, com certeza, viram algo ou foram vítimas diretamente de algo que estão escondendo e o desmaio foi proveniente disso e quanto ao resto, estão ótimos.

Os pais sabiam o que seus filhos escondiam e já sabiam que aquilo só fora o início de uma temporada de desassossegos e que nem adiantariam prendê-los em casa, porque eles iriam até o fim, na nova aventura.

Já recuperados, os dois amigos não escondiam suas preocupações. Eles sabiam que tudo o que acontecera a eles, não fora somente pelo susto ao saberem da presença de Dr. Justos no mistério do Colégio, o vilão já sabia que eles estavam outra vez em seu encalço e pelo que acontecera á pouco, sabiam que dessa vez seria algo de muito mais perigoso e que, o perverso com certeza estava imensamente carregado com forças do além, fora as suas que já são terríveis.

Aquele dia terminou aparentemente calmo, apesar, e o seguinte nasceu com a cidade escondida por uma densa neblina. A maioria das pessoas preferiram ir para suas obrigações à pé, seria perigoso dirigir naquela neblina. Zezinho e Mariínha encontraram-se no colégio e pelos olhares que se deram, toda aquela paisagem repentina que a cidade ganhou não fora nenhuma obra climática do acaso.

- Mariínha, você também já notou que nossa nova aventura já está começada e já estamos pelo jeito, em apuros...

- É, queira ou não, dessa vez teremos que pedir ajuda à alguém que saiba mexer com o além túmulo.

Os dois lembraram de uma velha senhora que mora na entrada da cidade. Todos dizem que ela é meio bruxa, muitas pessoas recorrem à ela, atrás de suas poções que dizem serem milagrosas e todos sabem também que ela invoca mortos para ajudá-la com seus clientes.

As horas custaram a passar e quando finalmente o sinal se fez ouvir anunciando o término das atividades escolares do dia, as crianças se fizeram ouvir mais alto ainda que todos os sons juntos. Zezinho e Mariínha antes de sairem do colégio, foram até as proximidades da velha quadra, agora escondida sob a macabra neblina e um calafrio percorreu seus corpos anunciando a presença de mais alguém por ali. Eles ainda tentaram ver quem poderia ser, mas não viram ninguém e já sabiam então, que seu inimigo esperava com calma a hora de agir. Dr. Justos estava mesmo de volta e dessa vez, toda cidade estava envolvida e o pior é que poucas eram as pessoas que acreditavam na existência dele e seria difícil convencê-los de um perigo que eles não estavam vendo, mas que acabariam com eles sem que percebessem.

Aos poucos a casinha ia aparecendo por trás da neblina, realmente a visão era de um conto da carochinha, era difícil pensar em como aquela casa continuava de pé, de tão velha. A sua aparência era de um filme de terror, ainda mais sob aquela neblina, parecia não ser habitada pelo menos há um século.A porta se abre e uma velha corcunda, longos cabelos brancos e soltos, longo nariz bem afilado, olhos já com evidente catarata, sua vestimenta preta, ia até quase aos pés e umas sandálias simples protegiam seus pés da friagem. Mas, os dois amigos arregalaram surpresos os olhos ao ouvirem daquela senhora tão medonha, um cumprimento doce, com uma voz tremida e baixa, quase angelical, parecia nota musical de tão meiga:

-Boa tarde, crianças lindas! No que posso lhes servir?

Embora a voz fosse doce, era bom tomarem cuidado, pensaram os meninos ao apertarem as mãos um do outro, numa atitude de segurança.

- Boa tarde, senhora! Responderam em coro. Gostaríamos de conversar com a senhora e se possível, que pudésse nós ajudar.

- Entrem crianças não tenham medo! Embora a minha aparência seja feia, nunca e jamais faria mal à alguém, menos ainda à crianças. Fiquem á vontade e digam bem devagar o que lhes trouxeram aqui. Falou a senhora que já havia percebido o medo dos dois.

Zezinho e Mariínha aos poucos e já bastantes à vontade, iam falando para a velha senhora o que ocorria. E, diante da afirmativa de ajuda e que ia pensar e preparar algo que pudesse ajudar os dois contra as forças dos prováveis espíritos que com toda certeza, estavam também sob influência de Dr Justos E quanto às forças naturais do vilão, os meninos sabiam muito bem como enfrentar. O problema era que o medonho, a cada vez que resolvia aparecer, vinha sempre com forças extras, quase sempre roubadas de seres sofredores ou ruins mesmo, como ele próprio.

Os dois amigos, voltaram para casa com ares mais tranqüilos e ao chegarem á porta da casa de Mariínha, despediram-se prometendo irem na casa da velha no dia seguinte, conforme o combinado com a senhora.

Naquela noite, todos os moradores da cidade, em um sono profundo, se projetaram em terríveis pesadelos. Cada um , viveu no pesadelo, aquilo que mais tinha medo no real. Mariínha, sempre teve pavor de baratas e nessa noite, sonhou que estava no colégio e descia uma escada em caracol, só ouvia o eco de seus passos. De repente, um enorme barril aparece em sua frente e ao tirar-lhe o tampão, milhares e milhares de baratas saem voando e ela não conseguia fugir e quando enfim acordou, completamente transtornada, já estava quase amanhecendo e cada morador daquela cidade teve pesadelos com seus medos e todos acordaram com terrível dor de cabeça.

Mariínha levantou rápido, tomou seu banho e desceu para tomar seu café. Encontrou sua família meio transtornada, sentados à mesa se alimentavam como zumbis, perdidos nas lembranças dos pesadelos da noite passada. Mariínha achou melhor não tocar em nenhum assunto sobre os acontecimentos, achou melhor conversar primeiro com Zezinho e mesmo porquê não adiantaria falar nada naquele momento. Tomou um copo de vitamina de frutas e cereal, pegou seu pão com queijo que a mãe havia preparado, beijou seus pais e saiu já com o seu celular nas mãos para ligar pro seu amigo: - Zezinho, bom dia! Você ainda está em casa? Do outro lado o amigo responde ao cumprimento com voz de quem está cansado e passou a noite em apuros também e diz à amiga que está de saída para o colégio e que precisava encontrá-la pois muitas novidades ele tinha... - Pois é Zezinho é sobre isso mesmo que quero falar, me encontre na esquina daqui da minha rua. E desligou o celular e apressando os passos pela calçada ela terminava de comer seu pão com queijo.

Mariínha encontra o amigo sentado no meio fio da calçada com a cabeça baixa e as mãos envolvendo-a e tão perdido nos pensamentos quanto cansado que nem viu quando a amiga chegou...

- Zezinho, "chamou a amiga em tom baixo e colocando a mão no ombro do amigo". - Você está bem?

O menino levanta a cabeça e olha a amiga como que perguntasse: "E agora, o que vamos fazer?"

Mariínha senta-se ao lado do amigo, segura-lhe as mãos e já com os olhos cheios de lágrimas diz com voz sufocada: - Estou morrendo de medo dessa vez!

Os dois ainda ficaram ali sentados por um tempinho até que resolveram levantar-se e seguirem para o colégio. A surpresa foi enorme ao chegarem, não havia um só aluno e funcionários no colégio a não ser uns três professores mais o Diretor que estavam na sala de reuniões tentando achar explicações para tudo aquilo e ao verem os dois amigos chegando, foram de imediato ao encontro deles.

- Crianças, foi falando Dr João, muito aflito, Vocês sabem o que está acontecendo, não sabem?

Ao afirmarem o conhecimento dos fatos para o Diretor, eles foram chamados a participarem daquela reunião, no qual relataram o que sabiam até aquele momento. Zezinho e Mariínha embora crianças ainda, eram muito respeitados pela direção, mestres, funcionários e alunos da escola, justamente por serem responsáveis por suas obrigações de estudantes, por serem educados com todos, por ajudar a escolas em todos os eventos e muito também, por ajudar nos problemas que surgem de vez enquando.

- Por todos os problemas que vocês dois já ajudaram a selecionar, sei que têem já algum plano para esse também, estou certo? Perguntou Dr. João num tom meio preocupado e meio que tranquilo por saber que eles já estavam à frente da situação. O s meninos falaram da senhora que estava junto com eles nesse caso e que naquele dia os três iriam traçar uma estratégia de ataque e que esperava resolver logo de primeira esse problema, embora parecesse um caso mais difícil que das outras vezes. Dr. João e os professores que estavam ali, olharam para os meninos com admiração "tão crianças e tão responsáveis!"

Já que não haveria aulas nesse dia, Zezinho e Mariínha resolveram ir até a casa da velha senhora, sob os pedidos de tomarem cuidados, vindo do diretor e dos professores.

A cidade estava praticamente deserta e dava um certo medo aquela paisagem de cidade fantasma, aquela neblina toda, as folhas fazendo rodemoinhos pelas ruas e calçadas, diante do vento que assoviava, parecendo lamentos em vários tons. As poucas pessoas que transitavam , apressavam-se em rumo à suas casas e os dois amigos, com olhos arregalados, tudo viam e mais do que nunca, embora com medo, eles tinham que fazer mesmo alguma coisa pela cidade e seu povo e numa atitude de gigantes, entreolharam- se e juntos falaram:- DR. JUSTOS, AQUI VAMOS NÓS! AMIGOS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS!

A velha senhora abre a porta e sem esconder sua aflição, ordena que os meninos entrem rapidamente.

- Crianças, não tenho boas notícias! O problema é mais sério que supúnhamos, falou a velha senhora aflita e temerosa. Os dois amigos não se cabiam em curiosidades e com olhos arregalados demosntrando pavor pedem que a velha senhora fale logo e que não escondesse nada...

- Minhas queridas crianças, vocês terão pela frente uma briga que podem levá-los à morte. Acho que o caso é tão grave, que não era para vocês enfrentarem sozinhos... Estive em contato com meus irmãos que já desencarnaram e eles me falaram que o um SER terrivelmente mau se apoderou das almas sofredoras e revoltadas de centenas de escravos que lhes pertenceram no passado e que na época, haviam morrido após violências físicas sofridas e que agora, sob seu comando, não tinham coragem de rebelarem, mais uma vez...

Zezinho e Mariínha engoliram a seco... Ficaram em silêncio por alguns minutos afim de colocarem suas idéias nos lugares e deixar que seus medos evaporassem... E foi Zezinho a quebrar primeiro o silêncio:

- Senhora, ficaste de preparar algo para nos ajudar contra esses seres e o que tens a nos falar sobre?

- Preparei uma pocão desintegrante... Vocês terão que ter muito cuidado ao usá-la, pois também podem sofrer os mesmos efeitos desintegrante se uma gota lhes cair sobre a pele, e tem mais, continuou a velha senhora sob os olhos atentos e assustados dos dois jovens heróis, "Vocês não podem desperdiçar nem uma gota sequer, esse vidrinho que lhes preparei é o único e alguns dos ingredientes que o compõe, não os tenho mais e são dificílimos de serem encontrados, portanto, todo cuidado é pouco em todos os sentidos". A velha senhora os entregou o pequeno frasco e sempre recomendando cuidados, e assim, as crianças agradeceram muito e sairam determinados a acabarem o mais rápido possível com todo aquele terror que paira sobre a cidade ...

Zezinho e Mariínha, antes de irem à luta, resolveram dar uma chegada à igreja matriz para uma reflexão, ficaram pelo menos uns 50 minutos ali, entregues à suas orações e em seus pensamentos e ao saírem olharam um para o outro e num gesto de união, bateram suas mãos em um > estamos unidos<>

Chegando ao colégio, os dois foram diretos para a velha casa, eles sabiam que só ali encontrariam Dr Justos e não queriam e nem podiam serem incomodados com a presença de outras pessoas.

A entrada da velha casa estava fechada com os sacos de entulhos de novo e eles tiveram que retirar quase todos para entrarem na casa... O silêncio que vinha de dentro era assustador, mas, o cheiro que emanava era ainda pior, porque ele anunciava a presença da peste do Dr Justos. Mas eles não amendrontaram-se e continuaram com passos curtos e cuidadosos, com todos sentidos em alerta... De repente, uma das portas do corredor bate com força e eles escutam um som tétrico vindo em direção à eles, fleches de luzes vernelhas começaram salpicar todo o corredor o suficientes para verem um ser que parecia zumbi saido de uma cova e depois mais um outro e mais três... Mariínha a esta altura, já estava gelada de medo e não fosse zezinho a chamar-lhe a atenção, ela desmaiaria ali mesmo:- Mariínha, seja firme, não podemos nos abater diante deles, lembre o que a velha senhora nos ensinou em relação à eles! E, à lembrança das ordens da velha senhora, os dois começaram a rezar, invocando ao Senhor Deus que mandasse espíritos do bem afim de resgatarem aquelas almas sofredoras para um tratamento e assim, poderem estar em paz à serviço do bem.
Conforme eles rezavam, aqueles seres horriveis soltavam gritos de horrores como se tivessem sentindo muita dor, e quanto mais eles rezavam, mais zumbis apareciam e uns nem ligavam no início com as orações e se jogavam contra as crianças...Mariínha rezava com fé, mas não deixou de estar com medo e chorava muito e zezinho nada podia fazer naquele momento pela amiga, ele sabia que apesar dela estar assim naquele estado emocional, seus sentidos estavam bem voltados em sua missão. Na verdade, ele quase não se aguentava com aquele cheiro de podridão da carne em decomposição... Mas aos poucos e lógico com muita dificuldade eles foram conseguindo que aqueles espíritos sofredores que lógico estavam sob ordens de Dr Justos, fossem levados para um tratamento afim de livrarem do mal.

O pior estava por acontecer e eles sabiam e não demorou muito para que eles sentissem isso. Uma risada maléfica soôu atrás deles deixando-os paralizados, seus sentidos sumiram por instantes, suas cabeças pareciam tontas sem coordenação ao contrário de seus corpos estáticos, um calor insuportável e infernal apoderou-se do ambiente dificultando a respiração. Eles, embora tivessem perdido seus sentidos momentaneamente, sabiam que não podiam sob hipótese alguma se deixarem levar pelos truques de Dr Justos e resolveram assim, enfrentarem com coragem o maléfico.

Parecia que eles estavam no inferno, tamanho calor e eles sabiam que Dr justos estava vangloriando em vê-los sufocados com o calor e fumaça... _" Crianças atrevidas, como ousaram atravessar meu caminho outra vez? Gritou o monstro com uma voz do além, rouca, com éco e saía junto com um som parecido cão rosnando. "- Vou acabar com vocês, suas pestes! Dessa vez não terão chances, esmagarei cada um, como vermes e os deixarei aqui queimando, junto com esse colégio e essa maldita cidade que tanto odeio." As crianças olharam-se e como num só pensamento tentaram primeiro o mesmo o que fizeram com os zumbis e viram que nada adiantava e Zezínho num momento de desespero e raiva daquele ser gritou, salpicando-o com a poção que a velha senhora preparou:- "Suma de nossas vidas, suma dessa cidade, seu demônio! Em nome de Deus, saia"!!!

Diante disse, Dr Justo se afastou um pouco e não estava mais rindo com antes e Zezinho fora de si, continuou:-" Nós é que vamos te esmagar porque Você é um verme e não temos medo de Você, coisa ruim! Mariínha nunca havia visto o amigo naquele estado, gritando daquela forma e dessa vez ela que deveria acudir o amigo, antes que ele levasse tudo a perder por causa da raiva incontrolável que ele sentia naquele momento. Ela sabia que apesar de seu medo, tinha que ficar lúcida... Sabia que tudo aquilo era efeito de hipinose, velho truque de Dr Justos...

Mariínha segurou os braços do amigo com força, sacudindo-o e obrigando-o a olhá-la:- Zezinho, olhe para mim! Acorda!!! Nesse momento, línguas de fogo começaram a cortar o ambiente e Dr Justo vindo em direção deles com ódio no olhar... :- Vamos Zezinho, temos que ficar juntos, temos que jogar a poção juntos, por favor amigo!!! Num passe de mágica, o menino deu um urro, voltando a si e gritou para a amiga: - "Mariínha, não deixe que esse fogo lhe encoste, vamos acabar com esse ... " Nem acabara de falar, uma mecha de fogo atingiu o menino, jogando-o longe e sua amiga correndo para lhe acudir é parada com Dr Justo em sua frente impedindo-lhe a passagem. _ Agora somos eu e Você, menina atrevida, vamos ver se esse ar de dona da situação vai continuar nessa sua cara que daqui a pouco ficará pior que dos zumbis que Você enfrentou. Dr Justos falou isso e pegou Mariínha com uma das mãos e a arremassou para fora da casa e foi em direção ao Zezinho e o levantou até acima de sua cabeça e quando vai fazer o mesmo que fizera com Mariínha, é atingido pelas costas pela menina que se recuperara e viera ao socorro do amigo... Ela jogara um pouco da poção e foi o suficiente para neutralizar por instante o monstro. Pelo menos, daria pra eles traçarem um rápido plano.

Dr Justos, volta em seus sentidos com mais ódio que antes. De seus olhos começaram a sair fogo e raios, a casa começou a tremer , como se tivesse em meio à um terremoto, sua voz parecia de um cão raivoso falando e os meninos tremeram mais que a casa, mas não se intimidaram em falar: - Venha monstro, venha pra gente acabar com VOCÊ!!!!! Dr. Justos, em sentido desordenado, enviava fogo e raios em todas as direções e os meninos , agora unidos e mais preparados, se esquivavam de todos e esperaram que o Verme se achegasse mais e quando ele vem em direção dos meninos com atitude de eliminar de vez os dois, as crianças juntas jogam a poção no demônio que se contorce pelo chão, e em todas as partes que fora atingido pela poção, abrira feridas e o sangue jorrava e ele gritava e rosnava ao mesmo tempo e rogava pragas aos meninos que já se afastara para ver o mal sucumbir-se. A cena diabólica durou pelo menos uns dez minutos até o verme ser consumido pelo ácido cortante, pelo fogo e raios que ele mesmo produzira. Nesse instante, eles puderam perceber que o Sol abrira mais brilhante que nunca... Era o mal que havia ido embora da cidade...

- Meu Deus, O que aconteceu com Vocês? Perguntou Dr João ao ver os meninos entrarem diretoria à dentro, sujos e com muitas escoriações e levemente queimados em algumas partes do corpo, nada de muito grave... ... Os meninos então, explicaram ainda cansados, o que acabara de acontecer e o diretor, ao mesmo tempo agradecido e aliviado em vê-los bem, só conseguiu pronunciar, enquanto abraçava os dois: - Obrigado por mim, pelo colégio, pela cidade!!!! Orgulhamos de Vocês!!!

A cidade voltou ao normal e uma grande festa foi feita para homenagear seus dois heróis que ganharam medalhas de honra ao mérito. Zezinho e Mariínha, felizes com tudo aquilo, falaram baixo, os dois: - Enquanto estiver-mos por aqui, nenhum Dr Justos irá levar a melhor nunca... Graças à Deus!!!!

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OBS.: QUASE TODAS AS IMAGENS FORAM TIRADAS DE PESQUISAS NO GOOGLE SEM AUTORIA, MENOS AS IMAGENS DE DR. JUSTOS, ZEZINHO E MARIÍNHA (CRIADOS POR: KARLOS DESIGN) QUE PERTECEM AOS AUTORES DA HISTÓRIA.

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4 comentários:

mari disse...

OI AMIGA(O) MARIA/PEQUENO
AMEI A ESTORIA DE VCS.
MUITA IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE.
CONTINUE ASSIM, PARABENS!
BJS
FIQUEM COM DEUS!

Unknown disse...

Parabéns a vcs pela idéia do Blog muito legal. Irei passar mais vezes pelo blog de vcs para ler.

Se vcs se interessarem deem uma olhada neste Blog tb.

http://www.cea.eti.br/tecnologia.blog/

Unknown disse...

Mãe, vc sabe que sou seu fã e agora , além de poetisa, escritora tbém... Tá muito bom mesmo o trabalho de vcs.
José Araújo, parabéms igualmente, afinal, o trabalho pertence aos dois e vcs , eu acho, estão caminhando no caminho certo, pq amei a estorinha, amei Dr Justo(rrsrs), ele é ilário.
Xau e sucesso pra vcs.
Abraços, Leandro Barros

Jorginho disse...

Muito massa...nem fiquei com medo rsrsrsRS...

Tinha que ser coisa desses dois rsrsr, Parabéns!