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sexta-feira, 11 de maio de 2007

Zezinho e Mariínha em Olha a Feira Ai Gente!









José Araújo dos Santos e Maria Barros

Olha a feira ai gente! Olha a feira ai gente! Foi assim que Zezinho ficou naquela sexta-feira, pois a garotada estava eufórica para ir à feira, a todo o momento ele repetia Olha a feira ai gente! Mariínha disse que não vai, pois havia programado sua ida à Igreja no domingo com as suas amiguinhas e talvez não desse tempo de alterar a data com elas, Zezinho ficou um pouco triste, coisa de momento! Conhecendo a sua melhor amiga, ele sabia que na hora marcada ela estaria lá. Sabida como ela é, isto é moleza. Não deu outra, ele estava certo, logo a danadinha da Mariínha passou uma mensagem pelo celular para duas garotas que iria à igreja, em instante recebeu a resposta simplesmente com duas letras “ok” e à tarde deu uma olhada na comunidade “Só Matemática”, pensando - no Orkut tem coisa útil também e deixou um scrap no perfil de Taizinha “hgatinha”, falando “Aquela parada de domingo, fica para sábado à tarde. Pode ser?” Se referindo a alteração no horário do evento na Igreja, a resposta de Taizinha, foi: - "100 problemas!" Com isso ficou entendido que o acontecimento no templo estava confirmado para sábado por todas, se fosse eu, desmarcava com as outras achando que Taizinha, estava com muitos problemas para resolver, mas não é, esse o modo jovem de se comunicar. Cheio de dinamismo.

Era um domingo, pontualmente oito da manhã, para muitos oito da madrugada, com o sol radiante, Zezinho estava muito feliz, pois iria à feira: - Olha a feira ai gente! Gritava a toda hora chamando os amiguinhos.

No ponto de ônibus, Mariínha já o esperava fazia um tempão, pouco mais que cinco minutos, mas na sua agitação fazia parecer que ela estava ali há pelo menos três vezes mais do que realmente permanecia naquele local. Nem o ônibus chegava nem o Zezinho. Passaram mais de dez ônibus e nenhum era para o seu destino, também não adiantava ela não iria sem a turma.

Quando Zezinho chegou Mariínha era a décima da fila e existiam mais oito pessoas entre ela e o amigo, pediram para guardar o lugar na fila e se juntaram num canto para ver quanto iriam gastar na feira, ao todo os sete amigos estavam com trinta e cinco reais. Quando o ônibus chegou já era oito e meia da manhã do primeiro dia da semana, a expectativa era grande, tanto que Zezinho acordou várias vezes pensando que o dia já havia raiado.

A paisagem parecia voar com o pensamento formando imagens de pessoas em movimento num vai e vem sem limite, comprando, negociando, falando, por isso é chamado de feira livre porque todos são livres para oferecer e vender os seus produtos.

Mariínha pagou as passagens de todos e passou o troco para Taizinha, pois ela queria comprar um montão de balas conforme comentou, mas se contentou com apenas vinte, chegando lá, Zezinho observou que existe uma padronização, as barracas eram em formatos retangulares, cada uma tinha o seu lugar e uma placa para identificar, formada por letras e números.

Logo de cara viram Dona Lena, mãe de um colega de escola de Zezinho, com uma barraca cheia de doces deliciosos divididos em pequenos pratos. Tinha de tudo: brigadeiros, beijinhos, cajuzinhos e cocadas bem arrumadinhos, ninguém saia de lá sem comprar nada. O balcão da barraca de Dona Lena, era de dar água na boca de tantas delicias! Imaginam comer todos aqueles doces! Hummmmmmmmmmmm!

Enquanto isso: que surpresa, que surpresa, gritou um dos meninos, O senhor Manoel da Padaria, também tem sua barraca, mas ele só vende bolos, cadê os pães? O espaço era pequeno para trazer os pães também. Ele dividiu cada um de seus bolos em oito partes iguais. Mariínha e Taizinha compraram cada uma um pedaço do bolo de cenoura com cobertura de chocolate e levaram um para Zezinho que se distraia com o vendedor de bolinhas de gude. Mariínha reclamou com o Senhor Manoel do preço do bolo. Muito caro! Onde já se viu um pedaço de bolo custar dois reais? Que absurdo! Mas ela fez questão de pagar e deu uma nota de dez reais ao Senhor Manoel que, enquanto pegava o troco, disse-lhe que seu bolo valia até mais que isso. Ela olhou para ele com reprovação, pois o bolo de cenoura da escola era mais gostoso e mais barato, na cantina da escola daria para comprar o dobro.

Zezinho fez um bom negócio na barraca do Senhor Júlio, pois lá as bolinhas de gudes não eram vendidas, eram trocadas num gostoso jogo, onde se comprava um envelope enorme que valia um saquinho com dez gudes. O preço? Assim você só sabe o quanto pagar quando abre o envelope, contudo o mais barato custava dez centavos e o mais caro um real. O garoto comprou logo dois envelopes e as meninas que já haviam se juntado à ele, não agüentavam a curiosidade em saber o quanto Zezinho teria que pagar. Ele falou para as amigas que compraria mais dois envelopes se o preço dos dois que havia comprado fosse pelo menos a metade do preço máximo... Sabemos que ele comprou mais dois envelopes.

As horas foram passando e os amigos não cansavam e só foram embora depois da xepa, pois foi ai que eles se esbaldaram mesmo!

— Olha a xepa aí gente!

GLOSSÁRIO:

Comunidade: O corpo social; a sociedade. No orkut é usada para integrar os usuários com o mesmo gosto.

Gudes: Bolinhas de vidro

Orkut: Uma rede para relacionamentos

Perfil: Descrição de uma pessoa dentro do orkut.

Scrap: comentário individual como uma forma de interação entre os usuários. Recados.

Xepa: As últimas mercadorias vendidas nas feiras livres, mais baratas e de qualidade inferior.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, meu amigo!!!!!
Olha, ficou mesmo uma belezura esse texto!!!Está perfeito!!!
Sabe, eu adoro esse seu jeito de fazer humor!!! Eu ri muito com a idéia dos ""100 problema""..kkkkkkkkk, só vc mesmo pra colocar q para vc seria problemas por demais...rsrsrs
AMEIIIIIIIIIIIII!!!!
Estava cheia de sono, qdo revia o texto ontem à noite e sabe q mais uma vez eu ria com vontade, gostoso mesmo, dos "100 problemas". Depois do texto pronto, parecia ter ficado mais engraçado ainda!!!
MARAVILHOSO!!!!!
VC É UM GÊNIO COMPROVADO!!!!
Bem, desse texto podem mesmo sair muitos problemas, os alunos terão muitos cálculos à resolverem...Aposto que VC será apontado como o mais criativo e mais esperto da turma na faculdade...Poder usar a literatura com proposta matemática, não é novidade, mas é raro alguém levar à diante e é raro também VC ver sendo usado... A matemática sempre é a vilã para a maioria dos alunos, mas aprendê-la brincando é maravilhoso!
É isso que dá ser Zezinho: GAROTO ESPERTOOOOOO!!!!
PARABÉNSSSSS!!! VC É DONO DE ÓTIMAS IDÉIAS E DE UM DOM MARAVILHOSO, O DA ESCRITA!!!!
TÁ MUITO PERFEITO SIM ESSE TEXTO!!!

Mais uma vez digo que sou sua fã número 1!
Bjinhussssss da amiga, Maria

Jorginho disse...

Primeiramente quero agradecer a José Araújo (vulgo Pequeno) e Maria Barros por me “contratar” como desginer destas aventuras do Super Menino. Garanto que me esforçarei para fazer um bom trabalho!

Agora, sobre a criação dos três personagens centrais da trama, devo dizer que a início foi complicado porque fazia muuuito tempo que eu não pegava um lápis e um papel para desenhar, comecei traçando uns esboços para aquecer e depois fui desenhando o Zezinho de acordo com as características que Pequeno me passou, em seguida foi a Mariínha... (essa deu trabalho!) desenhar mulher é meio complicado. Mas eu mostrei primeiro a Mariínha porque Maria Barros tinha certa afobação em conhecer a garotinha hehe...

Ela viu e gostou, mas pediu para cortar os cabelos da personagem, pois cabelo no ombro deixava ela “agoniada”(sinceramente, o cabelo curto ficou melhor mesmo), e Pequeno me pediu para dar uma bronzeada no Zezinho. Agora vem o meu favorito, o Dr.Justos, ainda nem vi ele nas histórias mas já vi que vou gostar desse cara, adoro curtir um vilão heheheh...

Pequeno me falou que o Dr.Justos é um personagem fantasiado, ele não existe fisicamente, apenas na imaginação das crianças, então pensei: “Agora eu gostei!”.
Veio-me até a idéia doida de criar três versões do Dr.Justos para depois poder eleger o oficial, mas pensei bem e juntei o sobretudo branco, uma pele roxa sinistra e os inconfundíveis bigodes e cabelos ruivos, tudo bem bagunçado (no estilo cientista maluco). Parece até que o Dr.Justos enfia o dedo na tomada todo dia de manhã para se pentear rsrsrsrs.

Unknown disse...

Olá pequeno o seu texto ficou otimo,ficou perfeito para fazer um livro super bacana.Quando você fazer um livro não se esqueça do meu livro.ok!
De:Mislane sua fã número1
Para: Pequeno

mari disse...

Oi amiga, td bem?
Parabens á vc e a pqno,
pela criatividade.
Amiga,
te amodolo!
bjs